O post de hoje traz uma dica preciosa para quem quer saber o fundamental sobre farmacogenética. O portal SECAD da ArtMed, maior hub de educação em saúde no Brasil, traz a publicação do psiquiatra Dr. Rodrigo Bernini de Brito, intitulada APLICAÇÃO DOS TESTES FARMACOGENÉTICOS NA PSIQUIATRIA CLÍNICA (acesse aqui)
Na introdução do que poderíamos chamar de mini-curso em farmacogenética, o Dr. Rodrigo Bernini começa por lembrar que grande parte das opções atuais de tratamento para os transtornos mentais (antidepressivos, antipsicóticos e os estabilizadores de humor) só são eficazes para um subgrupo de pacientes, não sendo incomum a resposta parcial e mesmo os efeitos colaterais que desencorajam a adesão.
O autor lembra ainda que “menos de um terço dos pacientes alcançará a remissão completa dos sintomas depressivos após o primeiro tratamento” e que a “atual estratégia de tratamento padrão para o transtorno depressivo maior é subótima e usa uma abordagem de tentativa e erro”.
A decisão sobre que medicamento ou sobre que esquema adotar é soberana do médico, que deverá considerar aspectos biológicos, morfológicos, peso, idade e também fatores genéticos.
A farmacogenética talvez seja o que há de mais concreto atualmente no que se convencionou chamar de “Medicina de Precisão”, graças aos conhecimentos advindos do Projeto Genoma Humano, que pela primeira vez mapeou todos os genes do “homo sapiens”.
Valendo-se dos conceitos da farmacocinética e da farmacodinâmica, a farmacogenética classifica as pessoas em 4 tipos principais de metabolizadores (normal, intermediário, ultrarrápido ou lento) de acordo com as variantes genéticas que fazem de cada um de nós pessoas únicas. Dr. Rodrigo Bernini discorre sobre este e outros aspectos do tema, de maneira muito clara e didática, na publicação em referência. Vale a leitura de quem pretende melhorar a assertividade das prescrições, evitar medicamentos que não funcionam ou que provocam efeitos adversos.
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