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O resumo que trazemos hoje (acesse original aqui) é sobre um estudo apresentado no Simpósio de Câncer Gastrointestinal de 2019, publicado na Revista de Oncologia Clínica, periódico da American Society of Clinical Oncology (ASCO), elaborado pelos seguintes autores: Candice Baldeo, Caren Hughes, Faisal Shahjehan, Saivaishnavi Kamatham e Pashtoon Murtaza Kasi, todos ligados à Clinica Mayo, Jacksonville, Florida.
Os autores se propuseram a estudar a importância de integrar testes farmacogenéticos de rotina para variantes genéticas UGT1A1 e DPYD/TYMS em pacientes recebendo quimioterapia com Irinotecano e/ou 5-fluorouracil.
RESUMO
Contexto: Toxicidades adversas à quimioterapia continuam sendo um fator limitante para pacientes recebendo tratamento para malignidades. Em cânceres gastrointestinais, particularmente câncer colorretal metastático, a maior parte do tratamento de primeira linha continua sendo quimioterapia contendo 5-fluorouracil e/ou irinotecano. Uma causa específica que pode predispor um paciente ao aumento da toxicidade do 5-fluorouracil é a variação genética no gene DPYD, bem como no gene TYMS. Da mesma forma, a variação genética no gene UGT1A1 pode aumentar o risco de toxicidade do irinotecano. Essas variações genéticas podem ter implicações importantes ao decidir sobre regimes de tratamento para esses tipos de pacientes; no entanto, elas não são verificadas rotineiramente.
Métodos: Na Mayo Clinic Florida, pacientes com câncer colorretal metastático recebendo quimioterapia com 5-fluorouracil e/ou irinotecano durante o período de julho de 2017 a julho de 2018 foram testados para variantes genéticas em DPYD/TYMS e UGT1A1. Este teste foi feito durante a visita clínica de rotina por meio de swab bucal ou exame de sangue. Os resultados das variantes DPYD/TYMS e UGT1A1 foram avaliados em conjunto com um farmacêutico para recomendações sobre reduções de dose em 5-fluorouracil e irinotecano, respectivamente.
Resultados: Um total de 292 pacientes foram testados. O número total de pacientes que apresentaram uma variação no gene DPYD/ TYMS e/ou UGT1A1 foi de 169 (57,9%). A variação UGT1A1 foi a mais prevalente, com 154 (52,7%) pacientes apresentando uma variante (115 variantes heterozigotas, 34 variantes homozigotas e 5 variantes duplamente heterozigotas). Especificamente, havia 3 pacientes com variantes UGT1A1 e DPYD e 3 pacientes com variantes UGT1A1 e TYMS. Um paciente apresentou variações DPYD e TYMS.
Conclusões: Testes farmacogenéticos de rotina para variantes genéticas UGT1A1 e DPYD/TYMS devem ser feitos em todos os pacientes que recebem quimioterapia com irinotecano e 5-fluorouracil, respectivamente. Evitar ou reduzir preventivamente a dose desses agentes em pacientes com variações genéticas pode ajudar a prevenir eventos adversos tóxicos e tornar o tratamento mais tolerável.
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