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Em revisão de diretriz data de outubro de 2025, a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) publicou uma importante atualização nas informações de prescrição da capecitabina (XELODA), introduzindo uma recomendação clara para testes genéticos de variantes do gene DPYD antes do início do tratamento. Essa decisão reforça as medidas de segurança existentes, auxiliando os médicos na identificação de pacientes com genótipos raros associados à atividade significativamente reduzida da enzima diidropirimidina desidrogenase (DPD), o que pode colocá-los em alto risco de toxicidade grave ou potencialmente fatal. Você pode acessar a original da diretriz aqui.
CONTEXTO: CAPECITABINA E DEFICIÊNCIA DE DPD
A capecitabina é comumente utilizada no tratamento de diversos tumores sólidos, particularmente câncer colorretal e de mama. Seu metabólito ativo, o 5-fluorouracilo (5-FU), é metabolizado principalmente pela enzima DPD. Pacientes com deficiência parcial ou completa de DPD podem apresentar complicações graves, incluindo neutropenia, mucosite, diarreia, neurotoxicidade e eventos adversos fatais quando expostos a doses padrão de fluoropirimidinas.
A bula anterior da capecitabina recomendava aos médicos que evitassem o medicamento em pacientes portadores de variantes homozigóticas ou heterozigóticas compostas do gene DPYD, associadas à deficiência completa de DPD. A bula anterior sugeria que os médicos poderiam “considerar a realização de testes” para variantes do DPYD, mas não exigia ou recomendava explicitamente a realização de testes antes do início do tratamento, e as informações farmacogenômicas não eram apresentadas como um alerta em destaque.
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NA VERSÃO ATUALIZADA DO RÓTULO DA FDA
A bula atualizada inclui uma linguagem mais forte e diretiva em relação à segurança farmacogenômica. Pela primeira vez, a FDA recomenda explicitamente o teste para variantes do gene DPYD antes de iniciar o tratamento com capecitabina, exceto nos casos em que o tratamento imediato seja necessário. Essa redação fornece orientações mais claras aos médicos e reforça a importância da dosagem baseada no genótipo para evitar toxicidade evitável.
Embora, ocasionalmente, possa ser necessário iniciar uma terapia urgente antes que os resultados estejam disponíveis, a bula atual reconhece que os médicos ainda podem optar por realizar o teste nessas circunstâncias e usar as informações genéticas para ajustar o tratamento posteriormente. Essa abordagem permite estratégias de dosagem mais seguras e reduz o risco de eventos adversos futuros.
DIFERENÇAS NOS PAINÉIS DE TESTE FARMACOGENÉTICO DO DPYD DISPONÍVEIS
A atualização da FDA observa que os testes genéticos diferem quanto às variantes do gene DPYD que podem detectar. Isso destaca a importância de escolher ensaios que estejam alinhados com as diretrizes clínicas atuais. Em 2024, o Grupo de Trabalho de Farmacogenômica (PGx) da Associação de Patologia Molecular (AMP) publicou recomendações para a genotipagem do DPYD, incluindo uma lista hierárquica de variantes clinicamente relevantes (PMID: 39032821). Essas recomendações estão disponíveis na plataforma ClinPGx (acesse aqui), que recentemente atualizou sua anotação sobre capecitabina para refletir a nova linguagem da FDA e reclassificou o nível farmacogenômico da capecitabina como “Teste Necessário”.
O TESTE FARMAGEN TOTAL DA CONECTGENE ANALISA TODAS AS VARIANTES MENCIONADAS COMO IMPORTANTES NA NOVA DIRETRIZ DO FDA PARA CAPECITABINA (XELODA).
SIGNIFICADO CLÍNICO
A atualização das diretrizes da FDA representa uma mudança crucial em direção à oncologia de precisão. Espera-se que a genotipagem de rotina do gene DPYD antes do início do tratamento com capecitabina reduza a toxicidade grave, melhore a segurança do paciente e promova uma abordagem mais padronizada para os testes farmacogenômicos. Essa atualização também reforça o papel crescente da informação genética na orientação das decisões terapêuticas sobre o câncer e na redução de danos evitáveis relacionados ao tratamento.
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Adaptado do original from: https://oncodaily.com/industry/fda
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