O tratamento do transtorno bipolar ainda é um desafio na psiquiatria. Embora vários medicamentos já tenham sido desenvolvidos para tratar essa doença, cerca de 30 a 50% dos pacientes não respondem bem ao primeiro tratamento. O componente depressivo do transtorno bipolar é particularmente difícil de tratar e as chances de remissão reduzem a cada estratégia adicional de tratamento quando se utiliza a abordagem de tentativa e erro. 

A farmacogenética é uma ferramenta que pode auxiliar na prescrição de um tratamento mais assertivo para esses pacientes, aumentando, assim, as chances de remissão. Neste sentido, o artigo desta semana relata os resultados de um estudo que avaliou a significância clínica do tratamento guiado pelo teste farmacogenético em pacientes chineses que sofrem com transtorno bipolar. O estudo pode ser acessado aqui

Métodos do estudo 

  • Pacientes: foram incluídos 200 pacientes com transtorno bipolar, divididos em dois grupos: um grupo de teste (n=100), tratado segundo os resultados dos testes farmacogenéticos, e um grupo controle (n=100), tratado com métodos convencionais. 
  • Critérios de inclusão: pacientes de 16-65 anos; diagnosticados com transtorno bipolar; medicados pela primeira vez ou crônicos, com apenas 2 falhas de tratamento anteriores; com escore HAMD ≥20 pontos e BRMS ≥6 pontos; sem doença física grave; e que não utilizavam medicamentos que interagiam com os medicamentos do estudo. 
  • Critérios de exclusão: pacientes com mais de duas falhas terapêuticas no passado; pacientes com doença crônica cujo tratamento interage com os medicamentos utilizados no tratamento. 
  • Tratamento: selecionado por psiquiatras experientes, de acordo com a necessidade do paciente. São três opções: estabilizador de humor + antipsicótico atípico; estabilizador de humor isolado; ou antipsicótico atípico isolado. O tratamento poderia ser alterado pelo médico de acordo com o resultado do teste farmacogenético. 
  • Teste farmacogenético: foram testadas 56 variantes genéticas em 17 genes, incluindo CYP2D6. 
  • Acompanhamento: os participantes foram avaliados ao longo de 12 semanas utilizando a Clinical Global Impression Efficacy Index (CGI-EI) para mensurar a eficácia e os eventos adversos dos tratamentos. 

Resultados 

  • Frequência de variantes genéticas: 98% dos pacientes do estudo apresentavam pelo menos uma variante genética que poderia afetar a efetividade dos medicamentos utilizados no transtorno bipolar. 
  • Troca de tratamento: dos 100 pacientes no grupo experimental, 77 (77%) tiveram sua prescrição alterada após o teste farmacogenético, principalmente devido a variações no gene CYP2D6, que é importante para o metabolismo de muitos psicoterápicos. 
  • Efetividade do tratamento: o grupo experimental mostrou uma melhoria significativa nos escores de eficácia em 4, 8 e 12 semanas em comparação com o grupo de referência. 
  • Eventos adversos: pacientes no grupo de teste apresentaram um escore significativamente menor para eventos adversos ao longo do estudo, indicando uma tolerância melhorada ao tratamento. 

Conclusão 

Neste estudo, a farmacogenética demonstrou ser uma ferramenta muito útil para melhorar a assertividade do tratamento no transtorno bipolar nos pacientes chineses, resultando em uma maior efetividade e segurança do tratamento. 

Os resultados sugerem que a integração de testes farmacogenéticos na prática clínica pode contribuir para a melhora dos resultados clínicos em pacientes com transtorno bipolar. 

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