No ano passado, uma pesquisa Datafolha encomendada pela Abrata (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos) e pela farmacêutica Viatris mostrou que 44% dos brasileiros afirmaram ter tido problemas psicológicos durante a pandemia da Covid-19.
Os mais afetados foram mulheres (53%), jovens entre 16 e 24 anos (56%), pessoas economicamente ativas (48%), pessoas com alta escolaridade (57%) e pessoas sem filhos (51%). Dos entrevistados, 28% relataram que tiveram diagnóstico de depressão ou de outra doença relacionada à saúde mental durante a pandemia.
O resultado é semelhante a estudo de revisão sistemática publicado pela revista Lancet que concluiu que a carga de transtornos de depressão e ansiedade aumentou em 2020 por causa da pandemia.
Ao contrário de outros choques populacionais, o COVID-19 tornou-se global, interrompendo muitos aspectos da vida da maioria das populações do mundo. A análise concluiu que os impactos na prevalência e carga de transtorno depressivo maior e transtornos de ansiedade foram substanciais, particularmente entre mulheres e populações mais jovens.
As estratégias de mitigação recomendadas devem incorporar formas de promover o bem-estar mental e intervenções seguras para tratar aqueles que desenvolvem um transtorno mental.
Uma publicação do Journal of Clinical Psychiatry revelou que mais de um terço dos pacientes com transtorno depressivo maior (TDM) terão uma resposta inadequada ou parcial ao tratamento antidepressivo inicial e exigirão várias etapas de tratamento para atingir a remissão da doença.
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