A esquizofrenia é uma condição clínica que afeta cerca de 20 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Seu tratamento consiste na administração de antipsicóticos. Contudo, esses medicamentos estão associados a muitos eventos adversos, o que acaba por elevar os custos totais do tratamento nesses pacientes.
A farmacogenética é uma ferramenta que permite identificar o risco de um paciente apresentar eventos adversos ou inefetividade terapêutica com base em variantes genéticas. Já se sabe que essa abordagem pode melhorar os resultados clínicos, mas será que também pode reduzir os custos totais do tratamento da esquizofrenia?
O artigo desta semana analisou o impacto econômico da aplicação da farmacogenética no tratamento de esquizofrenia, focando-se em redução de custos farmacêuticos e hospitalares. O texto pode ser lido aqui.
Desenho do estudo
O estudo incluiu 188 pacientes das alas psiquiátricas de três hospitais públicos da Espanha. Os critérios de inclusão foram: 1) pacientes com doença psiquiátrica prolongada e grave; 2) com baixa resposta clínica aos tratamentos anteriores; 3) e que eventualmente resultou em polifarmácia.
Os pacientes foram submetidos à análise farmacogenética para os genes CYP1A2, CYP2B6, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6, CYP3A4, CYP3A5 e ABCB1. A partir dessa análise, foi realizado o ajuste do tratamento (troca de medicamento ou ajuste de dose).
Os autores também coletaram dados sobre os custos do tratamento antes e após a aplicação do teste farmacogenético, aliado com análise de interações medicamentosas.
Redução dos custos do tratamento
Em um período de 3 anos, custo médio de tratamento por paciente seria de €10.102,93 (equivalente a R$55.091,90). Com a aplicação do teste farmacogenético e a análise de interações medicamentosas, os autores observaram que os custos reduziram para €9096,44 (R$49.603,45), resultando em uma economia de 9,9% nos custos totais do tratamento em um período de 3 anos.
O custo com medicamentos reduziu entre 20 e 98%. Destacam-se a redução no custo total em 3 anos de risperidona, de 98,7%; da quetiapina, de 94,1%; e da amissulprida, de 74,65%. O custo por paciente para a quetiapina reduziu em 79,8%, enquanto para risperidona e amissulprida reduziu em 70% e 52,9%, respectivamente. Essa redução nos custos com medicamentos ocorreu provavelmente por conta da descontinuação dos tratamentos com esses medicamentos.
Com relação às internações, foi observado que houve uma redução de 56,7% no número de internações hospitalares e de 61,9% no número total de dias de internação. O número de internações por eventos adversos reduziu em 88%, uma redução expressiva.
Implicações Econômicas e Benefícios Clínicos
Os resultados demonstram que a farmacogenética pode ajudar a reduzir os custos do tratamento com antipsicóticos. Além desse benefício, é importante mencionar que os resultados do teste farmacogenético podem ser aplicados para outros medicamentos, podendo contribuir para a redução de custo de outros tratamentos.
O estudo reforça o potencial da farmacogenética em diminuir os custos associados ao tratamento da esquizofrenia, promovendo ao mesmo tempo uma prática clínica mais precisa. O uso da farmacogenética no ajuste do tratamento com antipsicóticos pode tornar gestão de custos mais eficaz e melhorar significativamente os resultados de saúde para os pacientes.
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