A farmacogenética tem colecionado cada vez mais evidências de sua efetividade na psiquiatria. Essa ferramenta tem sido promissora para otimizar o tratamento de uma variedade de condições psiquiátricas, incluindo depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar.
O estudo mais recente sobre o tema é o estudo PREPARE (PREemptive Pharmacogenomic testing for preventing Adverse drug REactions), publicado em 15 de fevereiro de 2024 na revista The Lancet. Este estudo representa um avanço significativo no entendimento do impacto da terapia farmacogenômica na prática clínica em psiquiatria.
Neste post, descreveremos os principais resultados do estudo, que pode ser lido aqui.
Desenho do estudo
O estudo PREPARE foi um estudo de implementação cruzado, randomizado em clusters, aberto e multicêntrico, realizado em 7 países europeus.
O estudo incluiu uma amostra de 1076 pacientes com três distúrbios psiquiátricos: transtorno depressivo maior (TDM), esquizofrenia e transtorno bipolar. Os pacientes foram randomizados para receber tratamento com base no teste farmacogenético (547 pacientes) ou tratamento padrão (529 pacientes) e foram acompanhados por, no mínimo, 12 semanas.
O aconselhamento farmacogenético foi realizado com base nos resultados do teste dos genes CYP2C19 e CYP2D6, de acordo com as recomendações de ajuste de dose ou mudança de medicamento por diretrizes clínicas.
O desfecho principal foi a ocorrência de reações adversas aos medicamentos principais (RAMs). Desfechos secundários incluíram a ocorrência de qualquer RAM relacionada a outros medicamentos, internações e readmissões, frequência e duração das RAMs.
Também foi realizada uma análise dos custos dessa abordagem para o sistema de saúde, considerando os custos do teste farmacogenético, das RAMs, das internações, dos medicamentos, do acompanhamento psicoterapêutico e outros custos.
Resultados do estudo
O estudo PREPARE revelou uma série de resultados importantes.
Em primeiro lugar, os pacientes no grupo de tratamento com base no teste farmacogenético apresentaram uma redução significativa de 34,1% na ocorrência de RAMs clinicamente relevantes em comparação com o grupo de tratamento padrão.
Além disso, houve uma diminuição significativa de 41,2% no número de internações entre os pacientes que receberam tratamento com base no teste farmacogenético e 40,5% menos readmissões, indicando um impacto positivo na morbidade. O tempo de internação também diminuiu em quase 50% para os indivíduos que receberam o tratamento guiado pelo teste farmacogenético.
Observou-se também uma redução significativa na polifarmácia. Os pacientes no grupo guiado pelo teste farmacogenético receberam menos medicamentos psiquiátricos do que o grupo do tratamento padrão e também apresentaram menor mortalidade.
Em relação aos custos do tratamento, foi observada uma redução de 48,5% no custo total, com um aumento significativo da qualidade de vida em pacientes com transtorno depressivo maior.
Houve uma diminuição significativa de 41,2% no número de internações entre os pacientes que receberam tratamento com base no teste farmacogenético e 40,5% menos readmissões, indicando um impacto positivo na morbidade. O tempo de internação também diminuiu em quase 50% para os indivíduos que receberam o tratamento guiado pelo teste farmacogenético.
Implicações do estudo PREPARE
Os resultados do estudo PREPARE somam-se ao grande corpo de evidências quanto ao potencial da terapia baseada no teste farmacogenético para melhorar os resultados clínicos e reduzir os custos associados ao tratamento de pacientes psiquiátricos.
A redução na ocorrência de RAMs e internações destaca o valor da farmacogenética na prática clínica. Essas descobertas têm implicações significativas para melhorar o tratamento da saúde mental, destacando a importância de considerar a variabilidade genética individual ao selecionar tratamentos farmacológicos para distúrbios psiquiátricos.
Sendo assim, a integração da terapia farmacogenômica no cuidado psiquiátrico pode representar um passo importante em direção a uma abordagem mais personalizada e eficaz no tratamento de doenças mentais.
O teste farmacogenético da Conectgene analisa os psicoterápicos mais utilizados na clínica médica. Nossos testes trazem informações farmacogenéticas com elevado nível de evidência científica e os relatórios são atualizados com novos medicamentos e novas evidências publicadas, a cada 6 ou 8 meses.
Saiba mais e peça o seu kit em: www.conectgene.com/farmagen
As informações contidas neste site são fornecidas apenas como divulgação de informações gerais e não substituem o aconselhamento médico profissional, o diagnóstico ou o tratamento de um profissional de saúde qualificado. Sempre procure o conselho de seu médico ou profissional de saúde quando tiver dúvida sobre ingestão de medicamente ou condição de saúde.