Em mais um trabalho explorando o impacto do uso de testes farmacogenéticos em contexto de atenção primária, o estudo Exploring Pharmacogenetic Testing for Depression in Primary Care in the UK: A Five-Year Longitudinal Study of Patient Outcomes”, publicado na revista Journal of Health Care and Medicine, traz dados de longo prazo e debate sobre a incorporação de testes farmacogenéticos como rotina de cuidados e os desfechos dessa intervenção, por um período de 5 anos. Confira o estudo completo neste link: https://t.ly/9XFcs

Normalmente, o tratamento da depressão é conduzido na atenção primária, tanto no Brasil quanto no Reino Unido, mas sabemos que nenhum medicamento será igualmente eficaz para todos os pacientes. Isso se torna um problema para a prescrição que, geralmente, inicia-se pelo método de “tentativa e erro” para otimizar o tratamento até que se encontre a medicação adequada para cada paciente e esse processo pode ser demorado e ineficaz, principalmente para melhoria da qualidade de vida dos pacientes. 

O trabalho abordou como o teste farmacogenético para antidepressivos poderia ser incorporado aos cuidados primários, como parte dos “cuidados habituais”, dos pacientes e verificar se as mudanças no tratamento seriam sustentáveis a longo prazo (follow-up de 5 anos). Vamos verificar como os autores definiram a condução deste estudo clínico, a seguir. 

Desenho do Estudo

  • Foram incluídos 23 pacientes aos estudo. 
  • Todos tinham diagnóstico prévio de depressão. 
  • Foram realizados testes farmacogenético para determinar o perfil de metabolização de antidepressivos. 
  • Os pacientes foram categorizados como metabolizadores: (i) extensivos (ou, normais), (ii) intermediários, (iii) pobres ou (iv) ultrarrápidos para as vias das enzimas “CYP2C19” e “CYP2D6”. 
  • Os testes foram revisados após 1 semana, 4 anos e 5 anos. 

Resultados Encontrados 

  • Para a via da enzima CYP2C19: 
  • Havia 10 pacientes metabolizadores normais, 8 intermediários e 5 ultrarrápidos; 
  • Os metabolizadores ultrarrápidos tiveram seus antidepressivos alterados na revisão de uma semana. 
  • Na revisão de 4 anos, havia 87% dos pacientes (N=20) ainda sob tratamento correto, 2 tiveram o tratamento interrompido por estarem clinicamente melhores e 1 paciente iniciou um tratamento que não era compatível com seu perfil genético. 
  • O tratamento incompatível foi posteriormente alterado pelo prescritor e permaneceu até a revisão de 5 anos. 
  • Para a via da enzima CYP2D6: 
  • Havia 19 pacientes metabolizadores normais, 1 intermediário e 2 metabolizadores lentos. 
  • Os dois metabolizadores lentos tiveram seus tratamentos alterados na revisão de uma semana. 
  • Na revisão de 4 anos, 82,6% dos pacientes (N=19) ainda estavam sob tratamento correto, 2 tiveram o tratamento interrompido por estarem clinicamente melhores e 2 iniciaram um tratamento incompatível com seus perfis genéticos. 
  • Os tratamentos foram posteriormente alterados pelo prescritor e as mudanças permaneceram até a revisão de 5 anos. 

Conclusões

O estudo mostrou que, ao invés da abordagem de “tentativa e erro” e da lógica do “protocolo único para todos”, o Teste Farmacogenético poderia promover tratamentos mais direcionados com o objetivo de prescrever o medicamento correto logo na primeira tentativa. 

Considerar o perfil genético, de resposta dos pacientes aos medicamentos, para depressão nos cuidados primários funcionou para os pacientes do estudo, pois os médicos estiveram engajados e os resultados apresentados foram sustentáveis por quatro e cinco anos, com 95% dos pacientes na via CYP2C19 ainda em medicamentos corretos e 90% dos pacientes na via CYP2D6 ainda em medicamentos corretos. 

Com isso, mostramos mais um estudo que possibilita à Farmacogenética impactar na personalização do tratamento de depressão, na adoção de novas tecnologias inovadoras em cuidados primários e na sustentabilidade e custo-efetividade da terapêutica. Além disso, podemos citar a potencial ampliação do papel dos profissionais de saúde. 

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