Vamos Falar Sobre Fibrose Cística (FC)?  

No Brasil, estamos falando de uma doença genética rara com potencial subnotificação, que muitas vezes pede exames genéticos e tem uma farmacoterapia complexa. Segundo o REBRAFC (Registro Brasileiro de Fibrose Cística) mais atual há 6427 novos casos registrados, concentrados majoritariamente nas regiões Sudeste e Sul.  Mais de 50% dos pacientes que fazem seguimento terapêutico há mais de 5 anos. Além disso, o relatório mostra que desses casos, quase 83% buscaram alguma pesquisa por genotipagem (relatório pode ser conferido nesse link: https://t.ly/mtlGF). 

A FC é uma doença complexa que exige múltiplos medicamentos diários, o que aumenta a complexidade do tratamento e o risco de eventos relacionados à terapia medicamentosa. O trabalho “Potential of pharmacogenetics in minimizing drug therapy problems in cystic fibrosis”, da revista Journal of Cystic Fibrosis, traz um debate sobre a implementação de testes farmacogenéticos em pacientes com Fibrose Cística, e como essa atenção personalizada pode ajudar a reduzir significativamente os problemas da terapêutica medicamentosa da FC. Confira o estudo completo aqui: https://t.ly/c2CTc.  

A Metodologia incluiu

  • População do Estudo: O estudo selecionou pacientes (N=52), maiores de 18 anos e diagnosticados com Fibrose Cística a partir de registros clínicos já existentes, retrospectivamente, do Centro de FC da Universidade de Utah. 
  • Coleta de Dados: Foram revisados dois anos de registros de uso de medicamentos e histórico de respostas terapêuticas dos pacientes. Isso incluiu identificar todos os medicamentos prescritos, dosagens, frequência de uso e quaisquer reações adversas documentadas e reações adversas observadas. 
  • Análise Genética: 
  • Amostras de saliva de pacientes com Fibrose Cística (PwCF) foram, após identificação, coletadas e genotipadas. 
  • Utilizou-se o Painel de Genotipagem do Citocromo P450 da ARUP (Salt Lake City, Utah) para avaliação de Variantes Genéticas. 
  • O painel avaliou variantes que contribuem para o risco de metabolismo anormal de medicamentos. 
  • Enzimas Metabolizadoras – as variantes foram relacionadas a enzimas codificadas pelos genes CYP2C19, CYP2C8, CYP2C9, CYP2D6, CYP3A4 e CYP3A5, que metabolizam esses medicamentos. 

Resultados Observados

  • Os pacientes tinham idade média de 38,7 anos e eram majoritariamente: residentes de Utah (82.7%), mulheres (65.4%) e caucasianos (96.15%). 
  • Medicamentos com Orientação Farmacogenética (PGx
  • 271 medicamentos únicos com orientação PGx na base da CPIC. 
  • 17 desses medicamentos foram prescritos ao menos uma vez durante o estudo. 
  • Prescrições e Pacientes 
  • A maioria dos pacientes (40 pacientes, 76,92%) teve pelo menos uma prescrição de medicamento com orientação PGx. 
  • Dez pacientes (19,23%) tiveram prescrições para três ou mais medicamentos com orientação PGx. 
  • Genes e Medicamentos Comuns 
  • Medicamentos afetados pelo gene CYP2D6 foram os mais comuns (35,85%). 
  • Medicamentos afetados pelo gene CYP2C19 foram o segundo mais comum (32,08%). 
  • Oportunidades de Intervenção Farmacogenética 
  • Estimativa de 22 oportunidades de modificações de tratamento guiadas por genótipo na coorte de 52 pacientes (4,20 por 10 pacientes). 
  • Variabilidade de 0 a 6 possíveis intervenções PGx por paciente. 
  • Medicamentos Frequentes nas Intervenções 
  • Os medicamentos mais frequentemente associados a oportunidades de intervenção foram ibuprofeno, omeprazol e celecoxibe. 
  • Genes Envolvidos nas Intervenções 
  • CYP2D6 e CYP2C19 foram os genes mais frequentemente envolvidos nas oportunidades de modificação de tratamento. Para 11 pacientes, as reações adversas documentadas poderiam ter sido evitadas se o conhecimento farmacogenético estivesse disponível anteriormente. 

Conclusões Possíveis: 

  • Pacientes com Fibrose Cística podem se beneficiar do teste farmacogenético preventivo. 
  • Genes relevantes: CYP2D6, CYP2C19 e CYP2C9. 
  • Medicamentos: Opioides, AINEs, ISRS, antidepressivos tricíclicos, IBPs e antagonistas 5-HT3. 
  • Potencial otimização dos cuidados de suporte. 
  • Aumenta a eficácia do tratamento, minimiza eventos adversos, gera economia de custos e melhora o cuidado de saúde. 

O estudo, portanto, conclui que a implementação de testes farmacogenéticos pode melhorar significativamente a segurança e eficácia da prescrição de medicamentos para pacientes com Fibrose Cística, permitindo ajustes personalizados na seleção e dosagem dos medicamentos desde o início da terapia. 

O teste farmacogenético da Conectgene é um painel farmacogenético que pode ser ajustado às necessidades clínicas do paciente/prescritor. Venha conferir a qualidade dos nossos laudos, com informações farmacogenéticas com elevado nível de evidência científica e somos o único laboratório que atualiza os relatórios com novos medicamentos e novas evidências publicadas, a cada 8 meses.  

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Revisão técnica: Dra. Carolina Dagli 

As informações contidas neste site são fornecidas apenas como divulgação de informações gerais e não substituem o aconselhamento médico profissional, o diagnóstico ou o tratamento de um profissional de saúde qualificado. Sempre procure o conselho de seu médico ou profissional de saúde quando tiver dúvida sobre ingestão de medicamente ou condição de saúde. 

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