A matéria publicada no principal site de atualização medica do mundo – Medscape – da jornalista Sari Harrar, traduzido para o Medscape Brasil em 11 de junho de 2024, trouxe o questionamento que dá título à essa matéria. A jornalista ainda trouxe a opinião de especialistas da área, dados interessantes e fontes de busca/ajuda a profissionais e pacientes que queiram, assim como nós da ConectGene, investir e conhecer melhor a farmacogenética como ferramenta clínica da atualidade. O texto original da jornalista pode ser conferido neste link https://shorturl.at/Mc61R.  

A reportagem fala sobre a farmacogenética, uma área que estuda como as diferenças genéticas afetam a efetividade e o risco de eventos adversos dos medicamentos. A reportagem também discute como esta ciência permite prever quais medicamentos são mais adequados para cada paciente, através da análise variantes do DNA que influenciem os mecanismos biológicos dos fármacos administrados. 

Comentários das especialistas 

  • Emily J. Cicali, da Universidade da Flórida, e Kristin Wiisanen, da Universidade Rosalind Franklin, estimam que, aproximadamente, 90% das pessoas têm variações genéticas que podem alterar a resposta a medicamentos.  
  • A Dra. Teri Klein, da Universidade de Stanford, explica quando, por que e como realizar testes farmacogenéticos e pontua que médicos devem considerar esses exames ao planejar a prescrição de medicamentos, nos EUA, e preferencialmente segundo as diretrizes do CPIC (“Clinical Pharmacogenetics Implementation Consortium”) que recomendam os ajustes de dose. 

Iniciativas 

Algumas iniciativas políticas e estudos científicos para ampliar o uso de testes farmacogenéticos nos EUA foram citados na reportagem: 

  • Um estudo da Mayo Clinic revelou que mais de 99% dos participantes tinham pelo menos uma variante genética relevante, e 79% destes tinham três ou mais. 
  • As diretrizes do CPIC, disponíveis no PharmGKB, ajudam a interpretar os resultados dos testes farmacogenéticos, classificando a força das evidências e recomendações; atualmente, com 456 medicamentos contendo informações farmacogenéticas em bula. 
  • As diretrizes clínicas baseadas em evidências estão disponíveis para 201 medicamentos, fornecidas por organizações como o CPIC e sociedades profissionais internacionais de farmacogenômica. 
  • A FDA dos EUA recomenda testes genéticos antes de prescrever esses medicamentos para evitar eventos adversos severos e melhorar a segurança do paciente. 
  • Várias instituições nos EUA, como a Universidade da Pensilvânia e a Mayo Clinic, oferecem programas de medicina personalizada que incluem consultas com farmacêuticos especialistas em farmacogenética para interpretar os resultados dos exames. 
  • A lei “Right Drug Dose Now”, de 2024, busca aumentar a conscientização pública sobre esses testes e integrá-los aos prontuários eletrônicos dos pacientes. 

Quando os testes farmacogenéticos são indicados? 

Os testes farmacogenéticos são indicados especialmente se o paciente for iniciar um novo medicamento, não responder bem ao tratamento atual ou apresentar efeitos colaterais importantes. Esses testes analisam variantes genéticas que influenciam o metabolismo dos medicamentos, auxiliando na personalização das doses e das escolhas terapêuticas.  

A pesquisa científica no campo mostra que a maioria das pessoas possui variantes genéticas que afetam a efetividade e segurança dos medicamentos e muitos estudos demonstram que tratamentos personalizados com base em testes farmacogenéticos podem reduzir eventos adversos e melhorar a efetividade dos tratamentos. 

Testes farmacogenéticos disponíveis 

Há testes, feitos por amostras de mucosa bucal ou sangue, que identificam variantes genéticas que podem afetar diretamente a ativação, metabolização e eliminação de medicamentos. A popularidade desses testes está crescendo com o ajuste dos preços, maior cobertura de seguros e avanços na pesquisa, além de serem muito úteis para pacientes que não respondam bem aos tratamentos ou apresentem eventos adversos. 

Existem mais de uma dúzia de exames farmacogenéticos no mercado global, incluindo o Brasil. Alguns são realizados apenas por solicitação médica e outros que podem ser feitos em consultórios, laboratórios ou pelo próprio paciente, em casa [como o nosso teste FarmaGen, da ConectGene]. Para verificar se um exame cobre as variantes genéticas corretas, é recomendado consultar a Association for Molecular Pathology e as diretrizes do CPIC, disponíveis no PharmGKB

Nos EUA, por exemplo, os exames podem custar de centenas a milhares de dólares e nem sempre são cobertos pelas seguradoras de saúde. No entanto, à medida que a cobertura aumenta, mais profissionais utilizarão esses testes para orientar prescrições, sendo a farmacogenética, particularmente, recomendada para medicamentos que podem causar reações adversas graves, como o abacavir, o irinotecano e a mercaptopurina. 

O teste farmacogenético da Conectgene analisa uma variedade de medicamentos utilizados na oncologia clínica, cardiologia e psiquiatria. Venha conferir a qualidade dos nossos laudos, com informações farmacogenéticas com elevado nível de evidência científica e somos o único laboratório que atualiza os relatórios com novos medicamentos e novas evidências publicadas, a cada 8 meses.  

Saiba mais e peça o seu kit em: www.conectgene.com/farmagen 

Para acessar outros conteúdos da reportagem, clique nos links abaixo: 

– Association for Molecular Pathology (lista de variantes-fármaco) – https://www.pharmgkb.org/ampAllelesToTest

–  Lista de biomarcadores em farmacogenômica da FDA – https://shorturl.at/ypWj8 

– Estudo com sequenciamento de 10 mil pacientes da Mayo’s Clinic – https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35331649/

– Estudo multicêntrico, de 2023, com 6.944 participantes de sete países europeus, publicado no periódico The Lancethttps://shorturl.at/BIn1Z.  

– Estudo, de 2023, da Universidade de Tongji (China), com 650 sobreviventes de AVC e ataques isquêmicos transitórios (AIT) – https://shorturl.at/t7wL4.  

– Estudo da Universidade da Pensilvânia que analisou 1.944 adultos com transtorno depressivo maior, publicado no Journal of the American Medical Association – https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2794053  

– Metanálise chinesa, de 2023, com 11 estudos sobre transtorno depressivo, publicada no periódico BMC Psychiatryhttps://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37173736/

Revisão técnica: Dra. Carolina Dagli 

As informações contidas neste site são fornecidas apenas como divulgação de informações gerais e não substituem o aconselhamento médico profissional, o diagnóstico ou o tratamento de um profissional de saúde qualificado. Sempre procure o conselho de seu médico ou profissional de saúde quando tiver dúvida sobre ingestão de medicamente ou condição de saúde.

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