Embora pareça ser uma ciência nova, a palavra farmacogenética foi cunhada e publicada pela primeira vez em 1959, por Friedrich Vogel, um geneticista alemão.

A farmacogenética é um campo interdisciplinar que busca compreender como as variações genéticas individuais afetam as respostas dos pacientes aos medicamentos. Essa disciplina emergiu da necessidade de personalizar a terapêutica médica, reconhecendo que cada indivíduo possui uma constituição genética única que influencia a eficácia e os efeitos colaterais dos medicamentos. Ao longo do tempo, a farmacogenética evoluiu consideravelmente, tendo um impacto significativo na prática clínica.

O início da farmacogenética remonta ao século XX, quando os cientistas começaram a perceber que as diferenças na resposta a certos medicamentos eram influenciadas por fatores genéticos. No entanto, foi somente a partir da década de 1950 que as bases moleculares dessa relação começaram a ser desvendadas. Um marco importante nesse processo foi a descoberta de que a enzima pseudocolinesterase estava relacionada à metabolização do suxametônio, um relaxante muscular. Foi a primeira vez que se estabeleceu uma conexão direta entre uma variação genética específica e a resposta a um medicamento.

À medida que a tecnologia genética avançava, tornou-se possível identificar e analisar genes envolvidos na metabolização de drogas. A chegada da era genômica proporcionou uma visão mais profunda das variações genéticas e de como elas influenciam as interações medicamentosas. O Projeto Genoma Humano, concluído em 2003, acelerou essa evolução, fornecendo uma compreensão abrangente do sequenciamento do DNA humano.

Com o tempo, a farmacogenética se desenvolveu além de apenas entender as relações gene-medicamento. A farmacogenômica, por exemplo, expandiu o foco para incluir análises genômicas em larga escala para prever respostas a múltiplos medicamentos. Isso levou ao desenvolvimento de painéis genéticos que permitem aos médicos personalizar os tratamentos com base nas informações genéticas individuais de cada paciente.

A aplicabilidade clínica da farmacogenética é vasta e abrange diversas áreas da medicina. Um dos campos mais notáveis é a oncologia, onde a análise genética permite escolher tratamentos específicos a fim de evitar terapias ineficazes e efeitos adversos. Além disso, na psiquiatria, a farmacogenética é usada para orientar o tratamento de transtornos mentais, como a depressão e a esquizofrenia, garantindo que os pacientes recebam medicamentos que sejam mais eficazes e tenham menos efeitos colaterais com base na genética, que faz de cada um de nós pessoas únicas.

A farmacogenética também desempenha um papel crucial na área cardiovascular, ajudando a determinar a dosagem ideal de medicamentos anticoagulantes e anti-hipertensivos. Isso não apenas melhora a eficácia do tratamento, mas também reduz os riscos de complicações. Além disso, a área da anestesiologia se beneficia da farmacogenética ao adaptar as doses de anestésicos de acordo com os perfis genéticos dos pacientes, garantindo uma recuperação mais segura e rápida após os procedimentos cirúrgicos.

Em resumo, a farmacogenética surgiu como uma resposta à necessidade de personalizar os tratamentos médicos com base nas variações genéticas individuais. Ao longo do tempo, evoluiu de uma observação empírica para uma ciência sólida, impactando positivamente a prática clínica em várias especialidades médicas. Com o avanço contínuo da tecnologia genética e a compreensão cada vez maior das interações gene-droga, a farmacogenética continuará a desempenhar um papel fundamental na busca por tratamentos mais eficazes e seguros para os pacientes.

A farmacogenética vem se notabilizando como a manifestação mais concreta da chamada medicina de precisão, advinda do Projeto Genoma Humano.

Nos próximos vídeos você vai saber um pouco mais sobre o fundamento científico e sobre os pressupostos da farmacologia que embasam os testes farmacogenéticos.

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