Um artigo de revisão narrativa de autoria de pesquisadores australianos (acesse aqui) faz uma ampla abordagem sobre o uso da farmacogenética no tratamento da dor, especialmente em pacientes com câncer.

A farmacogenética é cada vez mais importante para orientar a prescrição individualizada objetiva, segura e eficaz de medicamentos. A prescrição personalizada revolucionou os tratamentos na última década, permitindo que os médicos maximizem a eficácia dos medicamentos e minimizem os efeitos adversos com base no perfil genético de uma pessoa. Os opioides, o padrão-ouro para o alívio da dor do câncer, estão entre os medicamentos mais comumente prescritos na prática de cuidados paliativos.

Quase todos os pacientes com câncer submetidos à cirurgia recebem opioides no período perioperatório. Até 60% recebem opioides em algum momento do tratamento do câncer, e 80% com câncer avançado relatam dor moderada a intensa para os quais os opioides são recomendados. Apesar de frequência tão alta de prescrição, não se pode prever qual paciente receberá o benefício clínico ideal para um determinado opioide.

Na abordagem atual a maioria dos médicos valem-se, nas prescrições, da metodologia de tentativa e erro. O resultado é que alguns pacientes podem receber benefício mínimo ou nenhum benefício, enquanto outros experimentam efeitos adversos significativos, como delírio, náusea e sonolência. Na população com câncer avançado, onde o prognóstico é curto, há pouco tempo a perder experimentando reação desnecessária de efeitos colaterais. Uma revisão sistemática sobre a dor no tratamento do câncer descobriu que 32% dos pacientes com câncer foram subtratados no alívio da dor (acesse aqui). Um plano de tratamento personalizado é fundamental nesse cenário.

Um teste genético que utiliza células da bochecha como material biológico pode determinar a forte probabilidade de benefício clínico ou de efeitos adversos de um determinado opioide, materializando uma oportunidade para melhorar significativamente a dor do paciente e os resultados dos sintomas.

A evidência mais forte com variantes de opioides acionáveis ​​está relacionada ao gene CYP2D6. É a via metabólica predominante para grupos importantes comuns de medicamentos em cuidados paliativos, incluindo certos antieméticos, inibidores seletivos de recaptação de serotonina, antidepressivos tricíclicos e anti-histamínicos.  Codeína, tramadol, oxicodona e hidrocodona representam uma grande proporção dos opioides comumente usados ​​em todo o mundo, e cada um é metabolizado até certo ponto pelo CYP2D6.

O uso de dados farmacogenéticos como um biomarcador para guiar a prescrição de opioides provavelmente não apenas melhorará a analgesia e reduzirá os efeitos colaterais, mas também reduzirá os custos do paciente e do sistema de saúde relacionados a hospitalizações e reduzirá a necessidade de outros tratamentos medicamentosos.

Atualmente, a codeína e o tramadol são os dois opioides com variantes de genes clinicamente acionáveis por evidências fortes, apoiados por diretrizes internacionais sobre alteração da dosagem de medicamentos. Mas os demais opioides também tem ganhado evidências cada vez mais robustas, graças aos estudos clínicos publicados em grande quantidade.

A prescrição de opioides é atualmente baseada em uma combinação de fatores objetivos (por exemplo, função renal e hepática, localização e mecanismo da dor), fatores subjetivos (experiência subjetiva de dor, elementos psicossociais) e história pregressa (comorbidades, exposição a opioides, comportamento aditivo). Embora a titulação de opioides deva sempre ser orientada pela resposta clínica, os parâmetros farmacogenéticos fornecerão ao clínico uma confiança adicional e inicial para decidir quais opioides escolher ou evitar, além de garantir a velocidade com que esses opioides podem ser titulados para fornecer analgesia ideal o mais rápido possível. Isso poderá mitigar a necessidade de alternar entre vários opioides potencialmente ineficazes ou intoleráveis, reduzindo assim o sofrimento, o tempo e os custos de saúde.

A tendência aponta para a redução dos custos dos testes farmacogenéticos, significando maior acessibilidade e economia para os pacientes. Os médicos serão cada vez mais questionados sobre isso e serão solicitados a fornecer informações e orientações sobre o uso desses testes para aprimorar as prescrições, abandonando a metodologia do ensaio e erro.

A ConectGene tem os testes genéticos mais atuais e completos, um deles específico para o tratamento da Dor (e Saúde Mental), que analisa os principais opioides prescritos atualmente (Codeína, Tramadol, Fentanila, Hidrocodona, Metadona, Morfina, Oxicodona, Sufentanila, Alfentanila, Benzidrocodona, Buprenorfina, Meperidina (petidina), Pentazocina, Remifentanila, Tapentadol).

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